quinta-feira, agosto 31, 2006

R.I.P.


Joseph Stefano (5/5/1922 – 25/8/2006)

P.S.: Argumentista de “Psycho”.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Um trailer exemplar



Contrariando um extenso rol de produções hollywoodescas (e não só), despontou um trailer que apenas expõe o essencial, evitando revelações cruciais da trama. Esqueçam aqueles trailers que nos presenteiam com as cenas principais do filme ou até com o próprio final. Este é o exemplo de como engendrar um trailer que fará o espectador salivar de expectativa.

E não é para menos. Falo-vos de “Little Children”, adaptação do quinto romance de Tom Perrotta (um dos magnos autores satíricos contemporâneos) que será realizada por Todd Field, o idóneo realizador nomeado para o Oscar de Melhor Filme e Melhor Argumento com “In The Bedroom”. No perfeito elenco encontramos as sublimes Jennifer Connelly e Kate Winslet, bem como o magnífico Patrick Wilson. A história centra-se num grupo de jovens casados, cujas vidas se intersectam nos jardins-de-infância, nas piscinas municipais e nas ruas de uma pequena comunidade, de forma surpreendente e potencialmente perigosa.

O filme estreia em solo americano a 6 de Outubro e para acederem ao site oficial (onde irão encontrar o fabuloso trailer), cliquem na Jennifer… aliás, na imagem acima exposta.


P.S.: Já vos disse que a Jennifer Connelly participa no filme?...

terça-feira, agosto 29, 2006

Para que não passe despercebido



Half Nelson” é um filme de Ryan Fleck que estreou em território americano no passado dia 11 de Agosto. A história segue Dan Dunne (interpretado por Ryan Gosling, um dos melhores actores da nova vaga), um jovem docente cujos ideais esmorecem na confrontação com a realidade envolvente. Na escola onde lecciona mantém um dinamismo que imprime um elevado entusiasmo nos seus alunos, mas fora daquelas paredes recorre a drogas para mitigar as suas depressões. Quais as consequências se uma aluna descobrir o seu segredo?

O filme ainda não tem data de estreia para território nacional e o mais provável é sair directamente para DVD. Para darem uma espreitadela no trailer, cliquem na imagem acima exposta.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Curiosidade de pacote de cereais



No filme de Sofia Coppola, “Lost in Translation”, o reclame publicitário gravado pela personagem de Bill Murray para o Whiskey Suntory foi inspirado pela participação de Francis Ford Coppola num anúncio idêntico da década de 70. O lendário Akira Kurosawa foi o realizador do respectivo anúncio.

sábado, agosto 26, 2006

"O" final




The Last Waltz, de Jo Yeong-wook (“OldBoy”)

Existe um filme que coabita na minha essência há mais de um ano. Não… não se encontra somente alojado numa ramificação da minha memória. Revolve-me o âmago, amotina-me num patamar intangível, fraccionando o real do místico. “OldBoy” de Park Chan-wook, foca-se num poderoso ensaio sobre a vingança, imbuindo repressões psicológicas no pano de fundo de uma sociedade coreana (e porque não universal) iníqua. Examinando a raiz do pecado ao ritmo de uma Tragédia Grega ou Shakespeareana, o virtuosismo de Park aprofunda a ambiguidade do espírito humano e respectiva fragilidade quando corrompido pelos danos inerentes ao sentimento de perda e subsequente desejo de vingança, numa peculiar mescla de mel e fel, de beleza e abominação, de amor e horror. É uma Obra de Arte que explora de forma vibrante a condição humana.

Elevando a sua poderosa vertente ambígua para um patamar olímpico, encontra-se a magistral conclusão do filme. A partir do momento em que Dae-su abre a caixa misteriosa, o filme explode em ondas de simbolismo. Após a fatídica revelação, a sua revolta é exclusivamente montada com planos de vidros estilhaçados, numa exímia alusão à dissolvência da sua alma. Ao longo do filme existe um mantra ao qual Dae-su recorre nos momentos de desespero: «Ri… e o mundo rirá contigo. Chora… e chorarás sozinho». Se existem imagens que valem mais que mil palavras, a imagem final de “OldBoy” é um dos exemplos supremos. Matizada numa beleza assoladora, o retrato ressoa os conflitos emocionais de Dae-su, através da ambiguidade espelhada no seu rosto. «Amo-te… Oh Dae-su…», sussurra Mi-do aninhando-se nos braços de Dae-su. Escutamos a faixa The Last Waltz de Jo Yeong-wook irrompendo em ondas melodiosas que enlevam o momento dramático, enquanto visionamos algo a ser accionado na consciência de Dae-su. O sorriso inicial como resposta emocional à declaração de Mi-do, depressa se transforma num carpido silenciosamente angustiante. É nestes trilhos humanos que Park Chan-wook nos transporta, numa expedição aos becos escuros da condição humana, enquanto nos provoca comoção veemente, riso genuíno e choro sentido. Sob a hipnótica camada barroca de Park, jazem poderosos receptáculos emocionais.

sexta-feira, agosto 25, 2006

"INLAND EMPIRE" – primeiras imagens



Finalmente algo!
O Cinempire conseguiu colocar alguma luz (por muito ténue que seja) sobre o novo filme de David Lynch, "INLAND EMPIRE". Lynch decidiu manter segredo sobre o enredo, mas sabe-se que o filme é ambientado nos subúrbios de Los Angeles, sobre uma mulher obrigada a enfrentar um grande perigo. A primeira incursão de Lynch no uso do vídeo de alta definição aguarda-se tão sensacional quanto o seu trabalho com o filme em 35 mm e o longo período de gestação da sua nova produção (gravada com algumas interrupções, no decorrer de dois anos), permitiu-lhe concentração intensiva nas suas preocupações primárias: a exploração das jovens mulheres, as mudanças de identidade e a alma omnívora de Hollywood. “INLAND EMPIRE” irá ser projectado em Veneza (fora de competição) e David Lynch irá receber um Leão de Ouro pela sua brilhante carreira, sendo o mais jovem realizador a receber tal distinção.

Para acederem às duas imagens singelas, cliquem aqui.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Primeiras imagens de "Mushishi"



O site francês Cinempire adquiriu as primeiras imagens do novo filme de Katsuhiro Otomo (autor do sublime “Akira”), intitulado “Mushishi”. Os Mushi não são animais, micróbios ou fungos. São formas de vida primitivas em contacto com a essência da vida, bem mais básicas e puras que as criaturas que pululam o planeta. Graças à sua natureza efémera, a maioria dos humanos olvida a sua existência. Contudo, existem uns quantos que os conseguem percepcionar. Ginko possui a habilidade para interagir com os Mushi, encetando uma jornada para actuar como mediador entre estes seres e os humanos, curando doenças originadas pelas criaturas sobrenaturais. Para acederem às primeiras imagens do filme que será a adaptação de uma manga de Yuki Yoshiyama, cliquem aqui.

quarta-feira, agosto 23, 2006

"Apocalypto" em pós-produção



O próximo filme de Mel Gibson, “Apocalypto” (termo grego que significa “novo começo”), concluiu as suas gravações em território mexicano. Assente numa narrativa visual, o filme irá seguir a queda da civilização Maia e tal como “The Passion of the Christ” (o filme independente mais lucrativo de sempre) irá usar um dialecto antigo. “Apocalypto” tem estreia agendada para 8 de Dezembro, em solo americano.

terça-feira, agosto 22, 2006

Momento Zen

segunda-feira, agosto 21, 2006

Convém não esquecer

Há meses surgiram rumores sobre a possibilidade de Park Chan-wook apresentar o seu novo filme, “I'm a Cyborg, but That's Ok”, no próximo Festival de Veneza (fora de competição). Todavia, o filme ainda se encontra em produção, sem data de lançamento prevista. A acção decorre num hospital psiquiátrico, onde uma rapariga que julga ser um cyborg de combate se apaixona por um homem que acredita conseguir roubar a alma das pessoas. Park, que será membro do júri no 63º Festival Internacional de Veneza, estudou filosofia apoiado num forte interesse pela teoria e crítica, acabando por publicar um considerável número de artigos sobre o Cinema contemporâneo. Convém manter um elevado grau de atenção sobre todos os passos do cineasta coreano, autor de um dos melhores ensaios temáticos dos últimos anos, imortalizado na Trilogia da Vingança composta pelos filmes “Sympathy for Mr. Vengeance”, “OldBoy” e “Sympathy for Lady Vengeance”.

sábado, agosto 19, 2006

"Miami Vice", de Michael Mann

Class.:

Anoitecer emocional em homens do dever

Existe uma bela porção de perversidade na edificação deste filme vertiginoso. Esqueçam a nostalgia imprimida nas repugnantes versões cinematográficas de “Charlie's Angels”, “Starsky and Hutch” ou “The Dukes of Hazzard”. Exceptuando o título, o par de detectives Sonny Crockett e Ricardo Tubbs e uma cover da música de Phil Collins (“In the Air Tonight ”) que apenas desponta nos créditos finais, “Miami Vice” evoca muito pouco da série televisiva que fez furor na década de 80 e que teve Mann como produtor executivo. Grande fatia da acção decorre fora de Miami; os trajes claros, as águas cristalinas, as areias brancas e o néon festivo foram substituídos por matizes sombrias, granulosas e inóspitas. Eliminando as vibrações metrosexuais do espectáculo televisivo, Mann escavou fundo numa melancolia machista, aprofundando tormentos reprimidos de homens do dever.

Substituindo Don Johnson e Philip Michael Thomas estão Colin Farrell e Jamie Foxx como detectives Sonny Crockett e Ricardo Tubbs. Crockett e Tubbs infiltram-se no transporte de grandes carregamentos de droga no sul da Flórida na tentativa de identificação do grupo responsável pelas mortes de seus colegas de trabalho. Sejam polícias, ladrões, taxistas, produtores televisivos ou assassinos contratados, os homens que pululam uma fita de Mann conectam com o exacto fio de fatalismo: incapacidade para abstraírem o que são daquilo que fazem. O cineasta pinta devoções irracionais, revelando interesse na alienação de homens que operam na sombra da sociedade com elevado grau de competência e profissionalismo, apesar dos conflitos introspectivos e da mortificação do coração.



Mann é um daqueles raros cineastas com um apurado toque de Midas para com os seus actores. José Yero (John Ortiz) e Jesús Montoya (Luís Tosar) poderão sofrer com alguma falta de personalidade, mas o foco do filme é a solidão, a impotência e a alienação provocada pelo dever em dois homens (particularmente Sonny), nesta parábola moderna à história de Sodoma e Gomorra. Jamie Foxx erradia uma profusa porção de impotência que abate a sua personagem, mas é Colin Farrell quem explode em ondas carisma, acolhendo autoritariamente o foco do filme. Deambulando entre a área nublada que divide a sua identidade real da fabricada, Farrell desvenda de forma fascinante as valas da sua alma. Relativamente à actriz com quem contracena, deixo uma questão no ar: serei o único que considera que Gong Li comunica facialmente um ardor místico de uma actriz da era-muda? Li desempenha com um brio extraordinário, uma personagem que se funde maravilhosamente com Crockett, camuflando o seu real âmago numa vida que conspurca a sua essência. Nos universos machistas de Michael Mann o sexo indicia perigo e dor. As cenas íntimas entre ambos bailam a beleza quimérica e libertadora do seu amor com a melancolia de um Éden efémero.

A pedido de Mann, a câmara sensual de Dion Beebe continua experimentando a tecnologia digital, fotografando maravilhosamente a luz incidindo no mar tropical, relampejando nos céus e captando a noite num visual granulado que apesar de todo o realismo não atinge o requinte electrificante alcançado em “Collateral”, onde Los Angeles expelia uma vida mística que interagia com os protagonistas, de forma praticamente palpável. Apesar de não atingir a gravidade da opulenta majestade patente na Obra-Prima “Heat”, “Miami Vice” desliza majestosamente nas cenas de movimento visceral. Mann encontra sempre maneiras menos convencionais de filmar cenas convencionais, assente num instinto e estilos refinados para compor enquadramentos que deslumbram a visão e convocam a reflexão. Num febril espectáculo operático, consegue fundir música, cor e drama num filme com sequências de qualidade extática, frisando Cinema avant-garde no cerne de uma grande produção. Numa filmografia vincada numa obsessão pela actividade criminal e pelos arrevesados meandros da lei, Mann continua a estimular o público nestes trilhos familiares, mas a força mais perigosa e poderosa já não se esconde atrás da próxima esquina, ficando alojada em lampejos de amor impossível.

A conclusão do filme é silenciosamente brutal, como se nos separassem abruptamente de uma fracção da nossa vida. Revelando consistência temática, a sobriedade do filme galopa numa violência emocional. As cenas são longas, meticulosamente arquitectadas e elegantemente detalhadas sem desperdício de fotogramas. Numa atmosfera de violência inevitável, o único laço possível entre dois homens definidos pelo seu trabalho é uma solitária fidelidade profissional. “Miami Vice” representa outro poema fatalista de Mann, o Poeta da Urbe Nocturna.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Ouvindo "The Fountain"



Na sua página MySpace, Clint Mansell, o magistral compositor de “Requiem for a Dream”, disponibilizou uma amostra de trilhas que adornam o novo filme de Darren Aronofsky, “The Fountain”. Além de se confirmar uma nova investida da excelência musical deste génio, Mansell confirmou recentemente que a banda Mogwai também contribuiu para a composição final, assim como o virtuoso quarteto de cordas, Kronos Quartet (“Requiem for a Dream”).

Aconselho-vos a clicarem aqui.

quinta-feira, agosto 17, 2006

I am not a number



The Prisoner” é uma das minhas séries televisivas de culto. Criada em 1967 por Patrick McGoohan e George Markstein possui 17 episódios que decorreram entre Outubro de 67 e Fevereiro de 68 em território britânico. Ultimamente, surgiram rumores que garantem Christopher Nolan (“Memento”, “Insomnia”) como realizador de uma possível adaptação cinematográfica com um argumento redigido por David e Janet Peoples (“Twelve Monkeys”).

A questão que os fiéis leitores deste humilde recanto da blogosfera poderiam colocar não deveria ser «Que tem esta série de tão especial?», mas «como descrever sucintamente o fascínio que provoca?». A misteriosa série mescla de forma inebriante questões de identidade, liberdade, tecnologia, democracia, progresso e arte, resultando num drama viciante. McGoohan interpreta Number Six, um ex-agente secreto britânico, que após apresentar a sua demissão acaba sequestrado e aprisionado numa isolada comunidade costeira conhecida como The Village. Ao longo dos 17 episódios, seguiremos o atrito surreal entre o protagonista e as forças sem rosto desta comunidade Kafkaesca. Apesar de originar um sólido thriller de espionagem, a série prospera densamente na conexão de temas culturais e atmosferas excêntricas que lhe conferem vibrações de boa Ficção Científica. Com uma storyline peculiar, onde marcam presença temas de hipnose, alucinações, controlo mental e manipulações utópicas, “The Prisoner” culmina magistralmente com “Fall Out”, o controverso e derradeiro episódio. Graças ao brilhante último terço, obscuro, sem diálogo e aberto a múltiplas interpretações, a produtora recebeu inúmeras queixas da vasta e fiel legião de espectadores, que exigia um final compreensível, respondendo claramente a todas as questões geradas na mente do público. McGoohan viu-se inclusivamente forçado a desaparecer por um período de tempo, pois o público-que-necessita-de-manual-de-instruções-para-viver cercava a sua residência reclamando elucidações.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Curiosidade de pacote de cereais



As histórias de bastidores que envolvem Orson Welles dariam pano para mangas de camisolas de Kong. Poderia, por exemplo, centrar-me no facto de ter declinado ser a voz de Darth Vader (aceitando apenas a narração do teaser trailer do “Star Wars” de 1977), mas prefiro relatar uma história decorrida durante as filmagens de um dos seus flops de bilheteira: “The Lady from Shangai” (1947). Durante a rodagem do filme que contava com Rita Hayworth (então sua esposa), o maquilhador aproximou-se da voluptuosa actriz para retocá-la, afirmando que deveria secar o suor do seu rosto. Welles interrompeu-o dizendo: «Meu caro, saiba que os cavalos suam, o ser humano transpira, mas Miss Hayworth cintila». Estes representaram os derradeiros momentos do atribulado casamento, com o realizador de “Citizen Kane” a obrigar Hayworth cortar o seu longo e luxuoso cabelo, tingindo-o num loiro execrável. Após “The Lady from Shangai” estrear, surgiu o declive profissional da diva que quando interpelada sobre quais os adereços que sustinham o seu vestido em “Gilda”, respondeu: «Duas coisas». Alguns defendiam que ela apenas representava uma deleitosa dançarina sem alicerces de densidade interpretativa que a impulsionassem profissionalmente. Na minha opinião, a complexidade imprimida na personagem do filme de Welles prova o contrário, sendo que a minha teoria sobre o seu declínio fica assente numa citação da própria actriz. O público não se preocupava com a sua idoneidade, não se interessava pela sua possível competência para a elaboração de uma personagem, não tolerava o seu curto cabelo loiro, não via Hayworth… apenas reconhecia Gilda. O estigma que brotou pela explosão de carisma sexual em “Gilda” jamais a abandonaria, daí a própria ter afirmado consternadamente: «Todos os homens que conheci apaixonaram-se por Gilda… e acordaram comigo».

sexta-feira, agosto 11, 2006

Innocence has a power evil cannot imagine





Estes são os posters recentes para o novo filme de Guillermo Del Toro, “El Laberinto del Fauno”, que narra a história de uma jovem rapariga que viaja para o norte rural de Espanha com a sua mãe e pai adoptivo, após a vitória de Franco e respectiva ascensão do fascismo. No seu novo e decrépito lar, ela deambula por um mundo de fantasia, tentando superar a repressão fascista que assola a região. Após a fenomenal arte conceptual do teaser poster, chegou a altura de me maravilhar com um cartaz baseado em fotografia. No dia 27 de Maio, o filme marcou presença no Festival de Cannes (com uma recepção bem positiva) e irá estrear em vários países antes do final deste ano. Para Portugal ainda não existem datas, mas pessoalmente, desespero para me perder neste labirinto.

quinta-feira, agosto 10, 2006

3 primeiros posters de "300"

"300" é a adaptação cinematográfica da Graphic Novel de Frank Miller (autor de "Sin City"), em parceria com Lynn Varley. Decorrido em 480 A.C., o filme documenta com uma substancial liberdade criativa, uma das mais terríveis e heróicas batalhas de que há memória, quando uma força militar gigantesca invadiu a Grécia pelo norte, tendo sido bloqueada por um pequeno exército espartano de 300 homens, comandado pelo Rei Leonidas, que resistiu até ao fim com a sua guarda de elite.

Apesar da estratégia publicitária intentar descaradamente beneficiar do sucesso de “Sin City”, empregando a mesma concepção de cartazes, este trata-se de um dos filmes que mais aguardo para 2007. Realizado por Zach Snyder, autor do brilhante remakeDawn of the Dead” e mente profundamente embrenhada na adaptação da melhor BD de sempre (“Watchmen” de Alan Moore, ilustrada por Dave Gibbons), o filme estreia mundialmente a 16 de Março de 2007 e o primeiro trailer será divulgado no próximo mês.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Joyeux anniversaire Amélie



30 aninhos de tautau... aliás Tautou... Audrey Tautou!

terça-feira, agosto 08, 2006

Giamatti interpreta Philip K. Dick?



Foram iniciadas conversações com o actor Paul Giamatti (“American Splendor”, “Sideways”) para desempenhar o escritor de Ficção Científica, Philip K. Dick, na Grande Tela. Philip Kindred Dick morreu em 1982, meses antes da estreia de “Blade Runner”, filme de Ridley Scott inspirado no seu romance “Do Androids Dream of Electric Sheep?”. Foi do conhecimento público a aversão de Dick a Hollywood, mas conta-se que antes de morrer chegou a visionar cerca de 20 minutos do filme e apesar do seu céptico cinismo inicial, deixou a sala fascinado. Responsável por mais de quatro dezenas de livros e numerosas curtas histórias, algumas das suas criações foram adaptadas cinematograficamente em filmes como “Blade Runner”, “Total Recall”, “Minority Report” ou o recente “A Scanner Darkly”.

Tony Grisoni (“Fear and Loathing in Las Vegas”) será o responsável pelo argumento de uma biopic pouco convencional, que irá interligar a vida real do autor com a ficção que redigia, englobando ainda elementos do seu romance inacabado, “The Owl in Daylight”. Pessoalmente, acho que seria interessantíssimo incorporar uma exploração sobre a misteriosa experiência religiosa que amotinou os seus últimos anos. Alegadamente, Dick recebeu em 1974 a visita de uma entidade divina, passando o resto dos seus dias a redigir interpretações sobre o sucedido, hesitando entre a crença de se tratar de uma revelação divina, ou da consciencialização de sinais de comportamento esquizofrénico extremo. Uma das suas obras finais, “Valis” (uma magnífica visão gnóstica de Deus), lida simbolicamente com os enigmáticos acontecimentos de 1974.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Momento Zen

sábado, agosto 05, 2006

Monsieur Gondry #2



Citem “The Strokes”, “The Hives”, “The Vines” ou qualquer outra banda que (com maior ou menor qualidade) veio por arrasto, mas nenhuma delas atinge a consistência da genialidade rock do minimalista duo de Detroit: “The White Stripes”. Formados em 1997 por Jack White e Meg White com a intenção de produzir Rock & Roll simples, com três elementos básicos (voz, guitarra e bateria) ornamentados por três cores primárias (vermelho, branco e preto), a banda foi catapultada pelo carismático Jack, um formidável compositor, guitarrista, letrista e vocalista capaz de mesclar harmoniosamente vários estilos musicais.

Fell in Love With a Girl” é um dos singles do álbum “White Blood Cells”, cujo videoclip foi realizado por Michel Gondry. Iniciando com o filho do cineasta francês (Paul) a construir uma contagem decrescente em Lego, rapidamente mergulhamos num fascinante universo em stop-motion, com versões pixelizadas em Lego de Jack e Meg White.

Cliquem na imagem se ambicionarem visionar o respectivo videoclip.

sexta-feira, agosto 04, 2006

O vanguardismo de Fincher

Em Outubro próximo, David Fincher começa a rodar o seu novo filme, “The Curious Case of Benjamin Button”, conto homónimo de F. Scott Fitzgerald. Com o objectivo de incluir significativos imaginários digitais, cimentando a sua reputação como mente inventiva na manipulação de efeitos especiais, o realizador de “Se7en” irá testar um novo conjunto de câmaras, criadas por Steve Perlman, ex-engenheiro da Apple. A câmara chama-se Contour e tem como principal característica criar efeitos tridimensionais que sejam visualmente mais realistas do que os actuais. Fincher declarou ao New York Times que «…ao invés de capturar pontos num rosto, será possível englobar toda a pele, retendo todos os enormes detalhes da expressão humana, que escapavam no passado".

Baseado numa curta história de Fitzgerald, Eric Roth (“Forrest Gump”, “The Insider”) expandiu a narrativa num épico argumento de 200 páginas. A história segue o peculiar nascimento de um ser humano do sexo masculino (Benjamin Button) que aparenta a idade de 70 anos aquando da sua natividade. À medida que os anos vão passando, Benjamin constata que sofre um processo de rejuvenescimento. Brad Pitt (numa terceira colaboração com Fincher) e Cate Blanchett farão parte do elenco e os estúdios almejam a estreia de “Benjamin Button” para o Natal de 2007.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Cameron convoca a Weta Digital



O oscarizado Joe Letteri e a sua Weta Digital foram contratados para criar os efeitos visuais, criaturas e ambientes digitais para “Avatar”, o aguardado projecto de James Cameron. Sendo Cameron um perfeccionista amplamente reconhecido, não será de estranhar a aquisição dos líderes em efeitos visuais fotorealísticos. Suportando paixão e habilidades únicas para aprofundar novos trilhos tecnológicos, a Weta integra de forma tão polida as suas criações no produto final, que a audiência jamais encontra espaço para questionar a realidade da apresentação cinematográfica. Sendo que “Avatar” retrata um novo género de história num mundo jamais visionado, exigindo originalidade e um novo rol de técnicas de filmagem, escalonar os criadores de Kong e dos efeitos visuais da Trilogia “The Lord of the Rings” de Peter Jackson, aumenta incomensuravelmente as expectativas sobre o resultado final.

quarta-feira, agosto 02, 2006

A montra de Veneza



A 63ª edição do Festival de Veneza que decorre entre 30 de Agosto e 9 de Setembro, já tem a sua programação definida. Fora de competição, encontram-se os novos documentários de Spike Lee (“When the Levees Broke: A Requiem in Four Acts”) e de Oshii Mamoru (“Tachiguishi retsuden”), entre os novos filmes de David Lynch (“INLAND EMPIRE”), Oliver Stone (“World Trade Center”), Manoel de Oliveira (“Belle toujours”), Goro Miyazaki (“Gedo senki”) filho do mestre da animação Hayao Miyasaki, Jaume Balagueró (“Para entrar a vivir”), entre outros.

Aqui fica a lista dos vinte e um concorrentes ao Leão de Ouro:

- “The Black Dahlia”, de Brian De Palma;
- “Fallen”, de Barbara Albert;
- “La stella che non c’è”, de Gianni Amelio;
- “The Fountain”, de Darren Aronofsky;
- “Hollywoodland”, de Allen Coulter;
- “The Golden Door”, de Emanuele Crialese;
- “Children of Men”, de Alfonso Cuarón;
- “Bobby”, de Emilio Estevez;
- “The Queen”, de Stephen Frears;
- “Daratt”, de Mahamat-Saleh Haroun;
- “L’ intouchable”, de Benoît Jacquot;
- “Paprika”, de Kon Satoshi;
- “Nue propriété”, de Joachim Lafosse;
- “Mushi-shi”, de Katsuhiro Ôtomo;
- “Private fears in public places”, de Alain Resnais ;
- “Quei loro incontri”, de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet ;
- “Exiled”, de Johnnie To;
- “Hei yanquan”, de Tsai Ming-Liang ;
- “Zwartboek”, de Paul Verhoeven ;
- “Ejforija”, de Ivan Vyrypaev ;
- “Sang sattawat”, de Apichatpong Weerasethakul.

terça-feira, agosto 01, 2006

Alguém me arranja bilhete para Veneza?

- Caro David, para quando notícias sobre o teu “INLAND EMPIRE”?
- Caramba… deixem-me em paz e não me LYNCHem a cabeça. Mas já que insistem, fiquem sabendo que o 63º Festival de Veneza irá receber os meus 168 minutos de filme, fora de competição.


P.S.: “The Fountain” de Darren Aronofsky entra em competição.
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