quinta-feira, março 15, 2007

"A" Interpretação


Hugh Jackman, em “The Fountain


Klaus Kinski, em “Aguirre, der Zorn Gottes

Carisma… Entrega… Fervor… Devoção… Torna-se impossível adjectivar dignamente o sublime desempenho de Hugh Jackman em “The Fountain”. Meditando na sua paixão enquanto actor, acercamos o interessante rumo da sua carreira. Existe um trilho indubitavelmente concreto. Eternas ou efémeras, suas personagens são nobres frustrados, confrontados com sua impotência e amaldiçoados pelos seus talentos na futilidade da sua demanda. No segmento em que desempenha o Conquistador, torna-se interessante vislumbrar um brilho de obsessão no seu olhar que evoca o desempenho de Klaus Kinski em “Aguirre” de Werner Herzog. A relação de trabalho entre Kinski e Herzog foi sempre condimentada com conflitos e agressividade explícita e perto do fim das filmagens de “Aguirre”, Herzog evitou que Kinski abandonasse a rodagem, ameaçando dar-lhe um tiro. Todavia, todo este antagonismo bélico era mitigado por uma admiração recíproca. Entre Aronofsky e Jackman nunca existiu qualquer tipo de contenda durante a rodagem de “The Fountain” e a admiração mútua saiu ainda mais fortalecida. Após Brad Pitt ter abandonado o projecto, Aronofsky encontrou em Jackman o actor indicado para o papel, depois de o ter observado em “The Boy from Oz” (o primeiro musical australiano a chegar à Broadway) e ter confessado a Weisz (sua amada) que havia testemunhado o actor mais formidável que já tinha visto em toda a sua vida. Jackman por seu lado, considera Aronofsky o grande explorador cinematográfico contemporâneo. Não és o único com essa constatação, Jackman… não és o único…




9 Comments:

Blogger Hugo said...

Hmmm..comparar Jackman a Herr Kinski não será, digamos, ousado??

3:34 da tarde  
Blogger Loot said...

Já li a BD, é fabulosa. Falta ver o filme agora, talves hoje :)
Abraço

3:46 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

Hugo: De forma directa e o mais sincera possível: Não. Absolutamente nada ousado.

Cumprimentos.

looT: Fico então a aguardar a tua opinião.

Abraço.

5:22 da tarde  
Blogger brain-mixer said...

Tenho este para ir descobrir ao cinema. Há que tempos, meses e meses.....

7:15 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

E apenas estreou num número de salas limitadíssimo... enfim...

8:16 da manhã  
Blogger Mari said...

Tanto Rachel quanto Hugh disseram que o processo de filmagem foi extenuante.
O extra do DVD, “The Interview”, onde eles conversam, fala bem sobre isso.
Como Darren exigia deles mais que o possível, mas estava ali, amparando-os e suportando-os para que eles pudessem se “entregar” de forma tão completa e tão pessoal.
Hugh conta que um dia, depois de uma daquelas cenas de choro, comentou com sua esposa Deborra que talvez só tenha chorado na frente dela assim uma única vez.

Espero que vocês tenham tido a oportunidade de ver os trabalhos australianos do Hugh Jackman. Existe um filme, em especial, que merece atenção. “Erskineville Kings”. Em comprei o DVD da Austrália. Sem palavras.

12:23 da manhã  
Blogger Francisco Mendes said...

Não entendo porque ainda existe tanto cinéfilo que não consegue vislumbrar o seu enorme talento. Aceito todas as opiniões, mas não posso deixar de notar um padrão: sempre que desponta um actor com feições que arrebatam a maioria do sexo feminino, surge sempre um grupinho que ignora e tenta desacreditar a possibilidade de talento na pessoa em questão.

9:07 da manhã  
Blogger Mari said...

Exatamente Francisco. Como se beleza e talento fossem incompatíveis.

5:41 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

Enfim...

8:55 da manhã  

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