terça-feira, março 07, 2006

Para vossa consideração


Dia 6 de Março de 2006. O relógio tilinta as doze badaladas que celebram o início de um novo dia. Preparo uma bela chávena de capuccino e umas tostas de manteiga de amendoim e num acto de puro masoquismo, ligo o televisor no quarto canal televisivo (TVI), para enfrentar uma noite glacial no sofá da sala de estar, acompanhando a 78ª Cerimónia dos Oscars. Inevitavelmente a transmissão televisiva inicia as hostilidades com uma hora de flash interviews em plena carpete vermelha e instantaneamente sou assolado pelo repugnante asco provocado pela vibração de cinismo e hipocrisia que emana deste evento. Após constatar a presença de uma pindérica apresentadora da MTV, verifico como as questões tacanhas ainda contaminam aquele ambiente, graças à pergunta «capital» sobre quem veste Cavalli, Karan, Lagerfeld ou Armani. É revoltante verificar como ano após ano, maculam a Sétima Arte com estes medíocres sensacionalismos. Sim… eu sei que são os prémios da Indústria, mas possuo uma visão demasiado etérea de uma Arte que a maioria adora conspurcar com repugnâncias comerciais.

Finalmente, quando já ameaçava espatifar o televisor com um adorno da sala, termina o excruciante «prelúdio». A Cerimónia enceta com uma ignição genial, composta por um clip sublime no qual Steve Martin e David Letterman ironizam com “Village of the Damned” de John Carpenter e pela brilhante dissertação de Jon Stewart repleta de humor satírico. Após renitências iniciais do público, Stewart conseguiu gerar uma empatia genuína, ficando na retina a piada a Dick Cheney e a hilariante reacção de George Clooney a uma piada disparada pelo anfitrião na sua direcção. Após este prometedor início «efectivo», a Cerimónia prosseguiu com o rotineiro guião e sobre os eleitos colocarei apenas breves apontamentos de carácter pessoal.

Desde pequeno, nunca depositei autoridade moral nesta cínica cerimónia para a eleição dos melhores do Cinema. A primeira memória revoltante remete-me para a 55ª edição, quando “E.T.” de Steven Spielberg foi preterido por “Gandhi” de Richard Attenborough, num perplexo equívoco de NOBEL com OSCAR. À medida que fui cimentando a paixão por esta Superior Arte, sorvendo a sua jovem história, fui comprovando autênticos hiatos na lista de vencedores de Oscars. Se nomes cruciais na história da Sétima Arte como Alfred Hitchcock ou Stanley Kubrick (por exemplo) nunca receberam galardões máximos da Academia, como poderão estas estatuetas receber tanta relevância? O presente ano tratou de acentuar a perplexidade de tais lacunas, na atribuição do Oscar Honorário. Robert Altman nunca havia recebido uma estatueta da Academia, apesar da influência que teve em génios como P.T. Anderson ou mesmo na concepção do filme vencedor da noite: “Crash”. A suprema ironia da situação é o facto de Altman ainda se encontrar em actividade, pairando no ar a questão sobre as possibilidades do seu próximo “A Prairie Home Companion” entrar nas cogitações do próximo ano. Não creio que tal suceda ao nível da premiação, pois a Academia raramente consagra os génios no exacto ano em que ofertam as suas relíquias à galeria da Sétima Arte. Outro cineasta que continua a ser sucessivamente olvidado pela Academia é Tim Burton, um dos excelsos autores contemporâneos. A concorrência era fortíssima, mas o requinte de “Corpse Bride” era superior à admirável obra de Nick Park e companhia. Outro factor no mínimo irrisório é a tripla premiação de um filme que cose linhas da cultura nipónica com chinesas de olhos azuis. A atribuição da estatueta de melhor filme a “Crash” (aí está o resultado do colo que recebeu na campanha promocional) depois de Ang Lee ser considerado melhor realizador que Paul Haggis, reveste-se de um absurdo que remonta à 71ª edição, quando de forma ridícula “Shakespeare in Love” superou “Saving Private Ryan”, apesar da realização de Steven Spielberg ter sido considerada superior à de John Madden pela Academia.

Sinceramente estou farto deste desfile dissimulado, besuntado com nauseabundos lobbies comerciais. O paradoxo foi a auto-flagelação que perpetrei ao longo destes anos, assistindo aos espectáculos com a ingénua esperança de mutação nos alicerces sensacionalistas. Como diria o poeta Edgar Allan Poe em “The Raven”: «Nevermore». Este sentimento de saturação foi acentuado aquando do lançamento dos desprezíveis cartazes “For your consideration”, concebidos numa qualquer forja de desespero e descaramento, invocando de forma sensacionalista os mentecaptos que porventura deambulassem pelo júri elegendo filmes com base em campanhas em detrimento do seu real valor como experiência cinematográfica. A concepção do próprio júri é igualmente bizarra. Composto por um elevado número de elementos, acredito piamente que a maioria percebe tanto de Cinema como eu da cultura agrónoma do Sri Lanka. Samuel L. Jackson é um dos conhecidos elementos do júri e confessou há semanas que deixava a sua família e empregados (!!) preencher o boletim de voto por ele, revelando ainda que os seus amigos tinham sempre prioridade nas escolhas finais. Esta leviandade que representa apenas a ponta do iceberg, adjuvada pela evidência da maioria dos elementos visionar os filmes a concurso em formato DVD no conforto dos lares, eleva uma periclitante questão: Como poderá um filme concebido para o Grande Ecrã ser analisado por um leitor de DVD numa sala caseira?
O melhor filme da remota 71ª edição, não foi “Shakespeare in Love” (que luta lado a lado com “Crash” pelo epíteto de pior filme de sempre a receber a máxima consagração da Academia), nem o excelente “Saving Private Ryan”. A exímia obra desse ano foi “The Thin Red Line” de Terrence Malick. Apesar da nomeação para Melhor Realizador e Melhor Argumento Adaptado, Malick recusou comparecer na cerimónia pois nunca pactuou com o cinismo que envolve estes emblemáticos galardões. Reconheço sem qualquer embaraço o talento e integridade de algumas entidades envolvidas nesta Cerimónia, mas coloco-me definitivamente ao lado de Malick. Os Oscares não representam dignamente o Cinema. São apenas um seboso cortejo da Indústria numa asquerosa feira de vaidades, uma repulsiva cerimónia que profana os pergaminhos sagrados nos quais é deificada a história gloriosa da Sétima Arte.

21 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O Stanley Kubrick já ganhou um Óscar sim, mas como director de efeitos especiais no monumental "2001 - Uma Odisseia no Espaço" e o Hitchcock, com 6 nomeaçõs nunca ganhou nada (apenas um de carreira) :S

2:22 da tarde  
Blogger MPB said...

Francisc, colocar CRASH e SHAKESPIERE IN LOVE no mesmo saco é ser muito mau para Paul Haggis :D

cumps

2:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

por falar em Stanley Kubrick , faz hoje 7 anos que ele morreu ...

6:31 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

André Batista: É verdade André. Mas essa estatueta não significa um galardão máximo e tendo em conta a colossal figura em questão, torna-se uma premiação praticamente em tom de gozo.

Aqui fica a devida vénia à memória do Mestre!
Cumprimentos.

NeTo Para mim têm exactamente a mesma relevância. Paul Haggis é um excelente argumentista, mas a construcção estereotipada deste "Crash" adelgaça o produto final de forma cabal.
Cumprimentos.

Mário Lopes: O exemplo do Samuel L. Jackson é a corroboração de todas as especulações afloradas ao longo dos anos. Nem com a mudança de presidente na Academia as coisas modificaram. É uma vergonha estes prémios receberem tanto crédito.
Abraço!

Nuno: A deterioração deste sistema já nada tem a ver com Cinema. Repito: talvez a minha visão seja demasiado etérea, mas não pactuo com este cinismo industrial. Se a Arte for reduzida a simplórios nomes comerciais, então o seu poder trancendental dissipa-se.
Cumprimentos.

7:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Este ano ñ consegui aguentar acordada até ao fim mas dps percebi q tb n valia a pena... Não vale a pena falar nos esquecidos mas já que mencionaste o Malick, tenho para mim (embora seja uma opinião falível, pois ñ vi o filme), que o melhor filme deste ano era precisamente o seu The New World... Romain Duris e o filme que o elevou ao cume este ano foi vergonhosamente ignorado, Reese Witherspoon vencer como melhor actriz deixou-me preplexa (todas as candidatas seriam uma melhor escolha...), Tim Burton a ser uma vez mais olvidado revoltou-me pessoalmente, o pejado de imperfeições Memórias de uma Gueixa vencer tantos prémios soou-me a exagero, a atribuição de melhor banda sonora ao pior dos candidatos (eu até gosto do compositor mas era o pior dos nomeados...)e a simplesmente inenarrável escolha da melhor canção contribuiram p o meu desapontamento.
E, como falaste, no caso do Óscar Honorário é como se fosse um Óscar último, o que acaba tb por ser injusto...

Eu sempre vibrei com os Óscares mas de há uns anos para cá começo a ficar parva com algumas coisas. Não os desprezo como tu, mas cada vez mais os encaro cm mto limitados. Como se fossem 'sempre os mesmos', como os apresentadores das estatuetas e canções :p

Ainda assim, o apresentador extasiou-me :) Excelente escolha!

7:06 da tarde  
Blogger Sara said...

Não faço parte daquele grupo de pessoas que achou Crash o pior filme dos nomeados, nem Witherspoon a pior das actrizes nomeadas... Adorei Crash, achei-o superior ao 'suposto' vencedor (Brokeback) mas são gostos e eu, pessoalmente, nunca escolhi um filme pelo seu nº de Oscars ou prémios...
Quanto a Witherspoon (falando exclusivamente para "h.")... Keira Knightley pareceu-me uma das nomeações mais injustas do ano.
Mas, é como eu digo... Gostos...

Tens um óptimo blog.

Sara
http://www.moviemaniablog.blogspot.com

7:20 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

Helena: Stewart foi sublime. Fabulosa a forma como as suas piadas visavam subtilmente quem o acolheu na apresentação: a Academia.

Palmas para Jon Stewart!

Sara: Estou completamente de acordo quando dizes que a nomeação de Keira Knightley foi de uma injustiça atroz. Mas o facto daquela loira ter vencido lá porque o seu "charme" sulista agrada aos conterrâneos é patético. Pobre Felicity Huffman, infinitamente superior em talento à "legalmente loira".

10:08 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

Claro que as opiniões pertencem a quem as elabora e absolutamente mais ninguém. O que me revolta é o processo leviano que caracteriza a eleição dos vencedores nestes galardões tão ilustres.
Os Oscars são um reflexo do mundo em si: um lamacento pântano de hipocrisia.

Abraço!

7:57 da manhã  
Blogger Pedro_Ginja said...

Vou-me armar em Jon Stewart (um dos melhores apresentadores de sempre da cerimónia)
Agora vou enviar uma farpa para a fogueira.
Mas o facto, apesar do que pensamos, é que vemos sempre a cerimónia em si.

Eu, que vi o compacto dos Globos de Ouro e alguns agradecimentos de outros prémios, posso pelo menos constatar uma coisa.
Os Óscares têm muito mais peso doq eu qualquer outro galardão, mesmo que seja cínico, injusto, asqueroso ou qualquer outro adjectivo. E sempre terão.
A história dos Óscares é sinónimo de injustiças e continuará a ser para sempre. Logo à partida porque ignoram sempre os "supostos" filmes estrangeiros e que sejam demasiado estranhos.
Os Óscares são os prémios da maioria e nunca serão de uma minoria em que muitos cinéfilos se enquadram.

"Crash" foi um justo vencedor, pessoalmente e passou um pouco por cima do hype e do buzz do "Brokeback mountain". E ver isso acontecer nos òscares é sempre delicioso.

Em relação às memórias de uma gueixa, estamos a falar de prémios técnicos e se à algo que o filme era forte era na recriação de época e fotografia por isso não foi assim tão injusto quanto isso.

O King Kong ganhou nos efeitos especiais, justo também.

Francisco, todos sabemos o teu ódio por filmes esquemáticos, tipo Munique, Syriana, Colisão. Mas o shakspeare in love? Grande exagero...Esse sim, é mau como as cobras.

Ahh e esqueceste do "Chicago". Horrível..........

Como sempre inflamaste a net com a tua opinião. Perfeito.

Um abraço.

11:14 da manhã  
Blogger Pedro_Ginja said...

E viram as nomeadas a melhor Canção?????

Acho que é tempo de deixar cair esse prémio e aproveitar um melhor.
Para ter musicas daquelas mais vale não ter nenhuma.

Como diria Jon Stewart:

36 Mafia-1, martin Scorsese -0

Enfim.....

11:16 da manhã  
Blogger Francisco Mendes said...

O Oscar da melhor música é um belo exemplo do que pretendo transmitir. O estatuto que os Oscares adquiriram não poderá ser tratado de forma tão leviana pelos seus elementos do Júri. Não tenho ódio algum por tratamentos esquematizados e jamais me referi depreciativamente para com "Syriana". O meu ódio dirige-se a filmes que não manipulem de forma subtil o público (uma vez que o Cinema é também uma manipulação de emoções) e se apoiem em estereótipos extenuados e patrocinados pelos gritos histéricos de uma Bullock qualquer.

Referiste muito bem "Chicago" do paupérrimo Rob Marshall e na minha humilde opinião, o seu "Memoirs of a Geisha" recebe injustamente o Oscar de Melhor Fotografia. Existe um muito superior nível de engenho quando a luz natural é manipulada e neste caso Rodrigo Prieto, bem como o ausente Emmanuel Lubezki foram injustamente olvidados.

Só mesmo o brilhante Jon Stewart para satirizar com a mediocridade das pessoas envolvidas neste prémios tão ilustres.

Abraço Pedro!

1:07 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

É óbvio que os nossos favoritos raramente saem vencedores. Aliás, os meus predilectos nem sequer receberam nomeações.

Aceito toda a relevância do Mundo ao epíteto que estes galardões recebem, mas não suporto o clima de cinismo que infesta as suas artérias. Julgava que o novo sangue injectado nas veias da presidência alterassem o sistema decadente, mas confirmei que tudo permanece na exacta chafurdice. A confirmação que veio à baila por intermédio de Samuel L. Jackson, sublinha de forma incontornável TUDO o que argumento.

E o problema meu caro Nuno, é que para um cinéfilo que adora profundamente esta maravilhosa Arte, torna-se excruciante verificar a utilização do nome "Cinema", nestes deploráveis galardões industriais. Repito: peço desculpa se a minha sensibilidade etérea aparenta ser alienígena, mas todo este comercialismo sensacionalista macula o alvor da história da Sétima Arte.

7:23 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

Eu disse: « É óbvio que os nossos favoritos raramente saem vencedores», não confundas vencedores com nomeados.
E se achas que faço o mesmo de "Crash", então aprovas o que digo. Mas essa foi mesmo forte demais... ;)

Não me alongarei mais, pois corro o risco de me tornar repetitivo e toda a minha argumentação está devidamente lavrada nestas linhas. Tudo o que pretendi evidenciar foi o descalabro hipócrita destes galardões industriais, inseridos no polarizado sensacionalismo contemporâneo.

Só espero que a cinefilia não deslize na sarjeta intelectual que recebe os detritos desta feira de vaidades. Enfim... ingénuas esperanças...

Agarremo-nos todos aos nossos gostos e consideremo-nos "A" Academia... como sempre o fizemos e faremos. ;)

Cumprimentos.

9:02 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

Oops... peço desculpa.
Se queres que seja sincero, já pouco me recordo da edição de 2004 em Cannes, mas o filme do Moore não me fascinou como a muitos.

Quantos aos emblemáticos nomes que mencionaste, é realmente um facto a premiação. E é igualmente uma prova de como a Academia em tempos já percorreu melhores trilhos.

10:14 da tarde  
Blogger chica said...

olá!!!
Aqui vou entrar nesta discussão
acesa sobre oscares e temas relacionados, isto é, os filmes que ganham os oscares e se os merecem ou não...
ponto 1 - o cinema não é algo feito só para um tipo, classe de pessoas. O cinema é feito para um vasto leque de população, a qual tem diferentes gostos. E se a alguns não lhes aquece nem arrefece o festival de cannes, nem de veneza a outras dá-lhe igual os oscares. Pois bem a mim caem-me bem todos. Estilos diferentes diferentes prémios. Mas o objectivo aqui é sabermos diferenciar o intuito de cada um. Se num premiamos o cinema "independente" e não só (como ultimamente podemos observar) em outros premiamos a indústria e não só (como agora podemos observar penso que desde o ano do Fargo).
ponto 2 - Pode que o John Stewart tenho sido o melhor da noite, mas quem o escolheu e quem aprovou os seus textos?
ponto 3 - Tal como o cinema é para um vasto leque de pessoas, de qualquer idade e classe social não te parece que a crítica cinematográfica o deveria ser?

Aqui vai...

10:39 da tarde  
Blogger Portalegrense said...

Peço desculpa pela intromissão mas vou ser rápido.Quero convidar o autor deste blog para uma visita a

http://blogblogblogcinema.blogspot.com/

Bons filmes e bons comentários.

Vou fechar a porta devagarinho...

3:04 da manhã  
Blogger brain-mixer said...

Bem... Com enormes comentários como estes não há muito a dizer! Posso só dizer que fiquei contente pelo Crash.

De resto, só desejo que continuem a fazer bons filmes ;)

8:55 da manhã  
Blogger Francisco Mendes said...

Chica: A questão sobre Jon Stewart é bem colocada, mas a espontaneidade da brilhante frase «Three 6 Mafia: 1; MArtin Scorcese: 0» é um espeto no coração da entidade que o acolheu. O teu comentário é bastante interessante e "politicamente correcto" e o meu comentário não passa de uma simples opinião pessoal sobre um evento que já empregou no seu leito pessoas íntegras, mas também é (e foi) infestado por criaturas que não estão à altura do seu epíteto ilustre.

Quanto à questão da crítica, concordo em absoluto. E os blogs são um meio para espalhar comentários de todo o tipo de pessoas e respectivas preferências.

1:00 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

Miguel Galrinho: Concordo em absoluto com a tua opinião sobre a atitude da crítica americana. Também concordo quando dizes que lá porque um filme merece o Oscar de Melhor Realizador, não significa que mereça o Oscar de Melhor Filme. Talvez não tenha sido claro, mas apenas desejei evidenciar uma argumentação de carácter pessoal: "Crash" foi tão mal remendado e concebido por Haggis, como "Shakespeare in Love" por Madden.

E quanto a "The Thin Red Line", bem reconheço o teu incontornável apreço por Spielberg, mas Malick foi bem superior na realização. Aliás, Malick será outro eterno mal amado da Academia e Spielberg parece ser o objecto de gozo preferido da Academia.

Cumprimentos.

1:14 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

Imarchao: Aqui fica o aceite do convite.

Edgar: Também desejo bons filmes... lá isso desejo sempre. Mas infelismente, o desejo nem sempre se realiza...

1:16 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

Ardamand: Subscrevo na íntegra o teu comentário. Obrigado pela visita.

Miguel Galrinho: Sabes, também já me disseram muito mal do "The New World", assim como já me explicaram o quão maravilhados ficaram. Na altura do lançamento o filme foi bem recebido, mas com o passar do tempo a classificação geral passou a mediana. Veremos... Tenho apanhado muitas desilusões de cineastas que adoro nos últimos anos, mas espero que Malick não me desiluda.

Cumprimentos.

1:06 da tarde  

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