"Dead Ringers" - a série?
Segundo a Variety, o realizador David Cronenberg encontra-se em conversações com a cadeia HBO, tendo em vista uma série televisiva inspirada no seu filme de culto de 1988: “Dead Ringers”. O que me apraz de forma inefável é a possibilidade de Cronenberg realizar o episódio piloto.
O filme original é um dos meus Filmes de Altar.
É sobre dois gémeos ginecologistas (ambos interpretados colossalmente por Jeremy Irons), que ensandecem após se envolverem amorosamente com a mesma mulher. Visionar “Dead Ringers” é como presenciar uma operação crítica, provocante e estimulante ao mesmo tempo. Cronenberg esquiva-se da sua faceta mais visceral, distanciando-se da jugular e focando a sua meditação no delicado tecido dos estrambólicos desejos humanos. Ele pinta o seu retrato num cinzento gélido, cifrando o monstruoso vácuo de uma vida sem individualidade, num mundo frio e estéril de ciência sem humanidade. O excelso autor eleva o género desafiando os cânones do Horror. O horror presente não implica percas somáticas, alberga a execração da mente, da percepção individual.
Ainda este ano poderemos assistir ao seu novo filme (“A History of Violence”) e Cronenberg também já foi destacado para realizar e produzir “London Fields”, baseado no romance de 1991 de Martin Amis, sobre uma promíscua vidente com premonições inquietantes.
O filme original é um dos meus Filmes de Altar.
É sobre dois gémeos ginecologistas (ambos interpretados colossalmente por Jeremy Irons), que ensandecem após se envolverem amorosamente com a mesma mulher. Visionar “Dead Ringers” é como presenciar uma operação crítica, provocante e estimulante ao mesmo tempo. Cronenberg esquiva-se da sua faceta mais visceral, distanciando-se da jugular e focando a sua meditação no delicado tecido dos estrambólicos desejos humanos. Ele pinta o seu retrato num cinzento gélido, cifrando o monstruoso vácuo de uma vida sem individualidade, num mundo frio e estéril de ciência sem humanidade. O excelso autor eleva o género desafiando os cânones do Horror. O horror presente não implica percas somáticas, alberga a execração da mente, da percepção individual.
Ainda este ano poderemos assistir ao seu novo filme (“A History of Violence”) e Cronenberg também já foi destacado para realizar e produzir “London Fields”, baseado no romance de 1991 de Martin Amis, sobre uma promíscua vidente com premonições inquietantes.
7 Comments:
Não existe já uma série com esse nome, Dead Ringers? Tenho ideia que sim.
Quanto ao filme, nunca o vi. Pode ser que o faça um dia destes.
Um abraço Katateh.
http://www.tv.com/dead-ringers/show/15218/episode_guide.html
Bem me parecia. Pelos vistos não tem nada a ver, esta é de comédia. Mas não me parece que esta nova série tenha o mesmo nome.
Um abraço.
Não é a mesma coisa. A adaptação da obra de Cronenberg deverá ter um outro nome a definir. Dá-lhe uma vista de olhos (ao original)... eu adorei!
Um Abraço!
Se tal for verdade, trata-se da melhor proposta pendente da actualidade para TV.
Fico com enorme ansiedade para ver a concretização desse projecto, já que adorei o filme — acho que é o melhor de Cronenberg e Irons.
Cumprimentos
Para mim é certamente o melhor do brilhante Jeremy Irons. Quanto ao melhor de Cronenberg... são tantos!! :D
Cumprimentos!
Também nunca vi o filme. Mas gosto bastante quer do realizador quer do actor, por isso vou tentar vê-lo.
Mais uma série! Esperemos que mantenha o nível!
Ana, também te solicito: tenta a todo o custo ver o filme! É uma obra incontornável do genial repertório de Cronenberg.
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