sábado, julho 21, 2007

Alice



Com “The Last of the Mohicans”, Michael Mann defende que a luta selvagem não transforma homens em bárbaros, porque seus corações ainda fraquejam perante a chacina de inocentes. O sacrifício e a correria final pelo resgate de uma Mulher são momentos de poesia extrema, pois a força do homem não se avalia pela largura dos seus ombros, mas pelos braços que o rodeiam. A força do homem não se calcula pela potência de seus murros, mas pela delicadeza do seu toque, pela intensidade com que ama uma Mulher. A Mulher é colocada num pedestal, acima de tudo e todos, onde pertence. Um oficial que acaba de perder o Amor de uma Mulher para outro homem, ainda assim, sacrifica sua própria vida em prol da sobrevivência do homem que a Mulher do seu coração deseja. O Amor triunfa de forma pungente na paixão de Hawkeye (Daniel Day-Lewis) e Cora (Madeleine Stowe), mas reverbera de forma bem mais poética no subtil romance entre Uncas e Alice. É a sua face (e respectiva expressão) que ainda me assombra hoje em dia.

4 Comments:

Blogger Jorge Soares Aka Shinobi said...

Nunca esquecerei aquele olhar de Alice. Para mim constitui um grande momento do cinema, à semelhança do filme todo!

Por isso, concordo 100% com o seu texto!

6:57 da tarde  
Blogger Francisco Mendes said...

Grande Michael Mann!

1:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Adoro Michael Mann. Não sabia que ele tinha realizado O Último dos Moicanos. Já tinha lido o livro mas nunca visto o filme. Felizmente deu ontem. É curioso que quem faz de Índios são sempre os mesmos personagens, mas nenhum filme sobre índios seja o novo mundo ou o último dos moicanos ultapassa Danças com Lobos. Adoro esse filme

11:24 da manhã  
Blogger Francisco Mendes said...

Pois na minha humilde óptica, a sensibilidade de Malick nesse campo é insuperável.

12:55 da tarde  

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