segunda-feira, maio 30, 2005

“Star Wars, Episode V: The Empire Strikes Back”, de George Lucas

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Em 1977, George Lucas alvoroçava meio-mundo cinéfilo com “Star Wars”. Três anos volvidos “The Empire Strikes Back” enaltecia e ratificava o culto gerado em torno de “Star Wars”. A aventura de Luke Skywalker (Mark Hamill), Han Solo (Harrison Ford) e da Princesa Leia (Carrie Fisher) não acaba após a destruição da Estrela da Morte. Os rebeldes estabeleceram a sua base em Hoth, mas o vil senhor do mal Darth Vader desfere um portentoso ataque devastando a respectiva base. Luke recebe em Dagobah um treino intensivo de um poderoso Mestre-Jedi chamado Yoda, enquanto Han Solo, Chewbacca, Princesa Leia e os droids R2-D2 e C-3P0 são aprisionados numa cilada engendrada pelo Império em Bespin. Darth Vader planeia um embuste para atrair Luke, utilizando como iscos os seus desditosos amigos. Surge então o mítico confronto entre Luke Skywalker e Darth Vader e um segredo abismal é revelado. Será que Luke e seus companheiros escaparão às garras do Império tirano?
“The Empire Strikes Back” é com uma elevada margem de segurança o melhor episódio da série. Negro, profundo, filosófico, perspicaz e maduro. Luke abandona a ingenuidade típica da sua tenra idade, realizando uma incisiva introspecção, reconhecendo as suas limitações e apreendendo que o lado negro (“dark side”) não vagueia por plataformas metafísicas, mas encontra-se alojado bem dentro de nós. O filme (escrito por Lucas, Leigh Brackett e Lawrence Kasdan) não se queda apenas pela sua vertente filosófica, ele regala os olhos da plateia com clássicas cenas de acção, como a batalha inicial no planeta gelado de Hoth. O filme é uma espécie de “Hamlet” da ficção científica, pois o herói desespera com múltiplas introspecções, e os restantes companheiros desanimam com perniciosos adventos.



Os anos passam (já lá vão 25) e os ecos desta obra ainda tilintam graciosamente nas galerias da Sétima Arte, encantando uns, arrebatando outros e inspirando uns quantos. É um clássico que transcende o género cinematográfico. As personagens crescem e desenvolvem-se (Darth Vader deixa de ser aquele “vilão-caricatura” e ganha uma dimensão humana que o torna ainda mais sinistramente tenebroso), os efeitos especiais atordoam (é um dos filmes mais visionários e inventivos de sempre. E Yoda tem expressões subtilmente humanas), a composição de John Williams é imponente (com uma riqueza incomensurável que acentuam o obscuro ambiente e contém uma memorável nova faixa: A “Marcha Imperial”, o tema de Darth Vader) e a narrativa negra chega a ter elementos de puro desespero.

“The Empire Strikes Back” continua a aumentar a sua reputação ano após ano. A saga “Star Wars” deve-lhe uma enorme porção da sua fama. Poucos filmes têm a capacidade de nos elevar e transportar para além do assento da sala de cinema, mas este filme (e a trilogia inicial) é um dos raros exemplos de arrebatamento. As personagens não são elas próprias, as personagens são… nós. Nós não as vemos nos olhos, nós vemos através dos seus olhos. A película captura a minha atenção logo nos minutos iniciais com o seu extravagante fascínio, e projecta-me para o portal que escancara diante de meus olhos.

1 Comments:

Blogger Francisco Mendes said...

O melhor da saga!

1:11 da tarde  

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