R.I.P.
(20/02/1925 – 20/11/2006)
Robert Altman trouxe um olhar cinematográfico irónico, irreverente e original, sobre valores americanos (e até universais). Através da sua estrutura episódica, abordou virtualmente quase todos os géneros, invertendo respectivos convencionalismos. Seu Cinema é uma mescla de realidade objectiva e subjectiva, traduzida numa narrativa moderna que descentraliza o poder individual do Homem, colocando-o no âmago de um processo de forças divergentes (internas e externas). Através do movimento de câmara lírico e de uma sonoridade oblíqua, amplificava esta frágil e ilusória moralidade, delineando uma representação da débil individualidade social, patente na análise reflexiva da cumplicidade da indústria de entretenimento na alienação cultural. Grandes cineastas (como Altman) nunca morrem para o Cinema… são eternos, imortais! A sua influência é indelével e cabe a cineastas contemporâneos, como o excelso Paul Thomas Anderson, prosperar sobre os alicerces fortificados por Altman.
5 Comments:
Pois...também colocaria um: Descanse em Paz.
Já contribuiu muito para 7ª arte.
um abraço amigo, Francisco!
RPM
Helena: Verdade. Mas outros valores se levantam, imbuídos no seu nobre espírito cinematográfico.
Rui: Abraço amigo!
pintoribeiro: Em Paz.
Abraço!
E a humanização do cinema perdeu um mestre. E tanto mais se perde.
Ficam as imagens, ficam as influencias, fica a obra... e isso ninguém apaga.
Cumprimentos
Descobi a sua cinematografia com o mordaz The Player. Ainda hoje vejo aquele filme com uma surpresa tal, por ele ter "a lata" suficiente para mandar Hollywood a um sítio que ele bem sabia onde...
Ne-To: Acima de tudo, perde-se um grande Homem.
Cumprimentos.
Edgar: Paz à sua alma.
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